A Lógica das Guerras e o Rio de Janeiro
Nas guerras, a vitória completa só será alcançada com a morte ou captura dos inimigos ou sua rendição total.
O ex-secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, se gabava de ter “ocupado” o Morro do Alemão sem dar nenhum tiro.
Ele, apesar de toda sua aparente experiência como policial federal e secretário, parece que não conhece essa a Lógica das Guerras.
Naquela dramatização ocorrida em 2010, como não foi disparado nenhum tiro, logicamente nenhum bandido morreu. Além disso, poucos foram presos e a maior parte fugiu levando suas armas.
Assim, não houve vitória do Estado sobre o crime. Mas todos ficaram satisfeitos e ficou tudo por isso mesmo.
Pelo que parece, Beltrame, nos 10 anos que ficou como chefe da Secretaria de Segurança, passou o tempo dormindo debaixo de alguma mesa da Central do Brasil.
Evidentemente não podemos culpá-lo por todos os problemas de Segurança Pública do Estado, mas se havia, e como havia, falhas no Sistema, ele não se importava, porque do contrário teria saído de lá muito rápido.
O Estado nunca pode ser mais fraco do que o Crime, seja ele bagunçado ou organizado, porque o Estado deve representar o Poder do Povo. Mas como no Brasil o Estado não representa o Povo, ele não tem unicidade de propósito, por isso ele é fraco. E também porque não tem HOMENS no seu comando.
A recente intervenção federal no Rio tem cara de motivação política e é mais provável que não dê em nada. Mas, por outro lado, como a Segurança vai ter um general no seu comando, torçamos para que ele tenha coragem de pôr em prática a Lógica das Guerras.