SAINDO...
A noite não possui forma
E agora tende ao infinito
Olho nesse relógio aflito
As cem vezes, sem hora...
Ouço tudo isso que minto:
Suspiro, gestos sem cores
Tempo correndo de dores
E eu míope disso que sinto.
Tudo é breu por aqui agora
Tento sair, sem ver a porta,
E andar até encontrar o dia...
Mas, o escuro do céu sou eu,
Esse universo que vejo é meu,
Que experimento: vida vazia.