Culpado
-Declaro tu culpado em amoricídio.
-Eis a sentença: te sentirás culpado pela eternidade pelo simples fato de matar o amor por ele ser apenas o que é: amor.
-O que dizes em tua defesa oh réu?
-Peço clemência. Não posso suportar tal sentença. Fui vítima desse amor. Sufoquei-me até onde pude, mas ele sabia apenas me amar, respeitar e não queria nada em troca. Mas eu, na minha ingenuidade recorrente queria ser livre, e nessa busca pela liberdade, matei-o.
-Ahãn, acabas de confessar o crime.
-Sim. Sei que não tem volta, matei-o, e não sinto mágoa. E tenho dito: antes ele que minha liberdade.