Culpado

-Declaro tu culpado em amoricídio.

-Eis a sentença: te sentirás culpado pela eternidade pelo simples fato de matar o amor por ele ser apenas o que é: amor.

-O que dizes em tua defesa oh réu?

-Peço clemência. Não posso suportar tal sentença. Fui vítima desse amor. Sufoquei-me até onde pude, mas ele sabia apenas me amar, respeitar e não queria nada em troca. Mas eu, na minha ingenuidade recorrente queria ser livre, e nessa busca pela liberdade, matei-o.

-Ahãn, acabas de confessar o crime.

-Sim. Sei que não tem volta, matei-o, e não sinto mágoa. E tenho dito: antes ele que minha liberdade.

Lume Santos
Enviado por Lume Santos em 25/02/2018
Código do texto: T6264041
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