_________________________NO FINAL DAS CONTAS
No final das contas, o inconcebível, feito o bolso do morto, o voto decisivo... Podem correr para dentro de suas casas, buscar agasalhos... o desterro!
Mas, por enquanto, esqueça o cutelo, a foice, o holocausto das células e toda razão cujo principal mandamento foi o passo resumido de horizonte. O que deveria dizer, diga! Diga aos ouvidos de quem interessa (ainda que sejam seus próprios ouvidos). Mas esqueça todo o existencialismo de quem nasceu agora e não sabe absolutamente nada sobre a sua vida ou de como se sente. Como quem acabou de inaugurar uma linguagem, ou mais do que isso, entenda que tudo na vida não passa de paisagem, apenas isso. Somos todos refugiados que se cruzam à tona do desamparo, apatriados e inseguros olhando para todos os lados.
Que chuva deliciosa cai agora... silêncio quase que absoluto... árvores, água, cheiro de terra molhada, paz!