O direito de errar e o dever de se corrigir
Confúcio disse: “Se mostro um dos cantos de um quadrado para alguém e essa pessoa não consegue encontrar os outros três, não mostro uma segunda vez.”
Errar é um direito que nos foi dado por Deus.
Mas a cada erro reconhecido assumimos a responsabilidade de corrigi-lo.
A permanência no erro é falta de honestidade com o próprio Eu e desrespeito ao próximo.
A Vida nos dá lições a todo momento, mas parece que o Homem as vê como uma afronta a sua tão exaltada “Racionalidade” e assim, o que deveria ser estímulo ao seu aperfeiçoamento, é jogado intencionalmente no esquecimento.
A explicação do por quê os indivíduos e as sociedades permanecem no erro envolve aspectos espirituais, religiosos, psicológicos, sociológicos e outros, talvez.
Mas uma pergunta simples pode e deve ser feita: por quê uns têm que pagar pelos erros de outros?
No caso específico do Brasil, nos últimos 30 anos se desenvolveu a noção de que a Sociedade é a maior culpada pelo desvio de conduta de parte de seus membros e deve obrigatoriamente assumir o castigo por eles.
Qual é o fundamento lógico desse comportamento?
Se um indivíduo se desvia do caminho, ele tem que se esforçar para voltar e não o contrário. A Sociedade não tem que sair de seu trajeto para acompanhar a minoria.
A Sociedade tem obrigação de mostrar um dos cantos do quadrado sempre. Mas seguindo o exemplo de Confúcio, ela não tem que se martirizar tentando explicar repetidas vezes o óbvio.