E se você morresse amanhã?
Não costumamos pensar no dia da nossa morte mesmo sabendo – tendo a certeza – de que essa é a única experiência que não conseguimos pular, de que ela chegará cedo ou tarde. Mas o questionamento de hoje é algo muito pessoal, individual, que cada um de nós precisa de alguns instantes para refletir e, então, responder: conseguiu viver tudo o que pôde?
Um ladrão quando planeja nos assaltar não marca horário e nem local, simplesmente nos assalta e leva consigo algo que temos – em muitas das vezes algo que sofremos para conquistar. Assim é a morte, ela não avisa que está chegando, simplesmente chega e leva consigo o que de mais valioso podemos ter: a nossa vida, aquilo que nos permite lutar pelos nossos sonhos, procurar por nossa felicidade e correr atrás daquilo que muito almejamos. A morte é até pior que o ladrão porque não fere apenas a vítima, atinge aqueles que a rodeam.
Mas como anda a sua vida? Se você fosse morrer amanhã estaria preparado? Amou a quem pôde amar? Ajudou a quem pôde ajudar? Sorriu para quem pôde sorrir? Chorou com quem também chorava? Agradeceu a quem muito devia? Perdoou a quem muito pediu? Declarou palavras afáveis àqueles que estiveram ao seu lado em todo o momento até os dias de hoje? Abraçou a quem procurava abrigo em seus braços? Deixou de medo ou preguiça e conquistou cada sonho? Olhando para trás, esquecendo as turbulências, conseguiu ser feliz ou morreria insatisfeito, devendo a muitos, devendo a si próprio?
Viver, como eu disse outra vez aqui no blog, vai muito além de respirar. Viver é estar preparado para o dia do fim, é saber que partirá sem dever nada para a vida.