MEU VELÓRIO

          Vou agradecer de coração, as flores que me enviarem quando eu morrer. Desde que sejam com amor.
          E ficarei mais grato ainda, pelas preces sinceras em meu favor. E não aquele ruído, de anetotas e lorotas, que fazem até doer os ouvidos do defunto. Que muitos chamam de presunto.
          Não que eu pense em morrer agora. Pois Deus é que sabe a hora. Peço-Lhe até uma moratória. Pois tenho muito que pagar ainda pelos meus erros. Que fizeram da minha vida uma triste história.
          Para depois sim, aspirar a Sua Glória.