______________________EU ME PERDI
Eu me perdi, e muito tempo fico delirando, de não ter desviado de minha biblioteca. Me perdi para me mesclar ao verso. Chegou um dia e a minha morte foi anunciada - e sensatamente pelo desejo de paz -, ventura ou desventura, não importa mais!
Eu não tenho essa ânsia furiosa pelo mundo, para desejar viver ou morrer, não faz diferença quando o que me incendeia é a palavra.
Eu desanimei os meus amigos, construí reticências, não há salvação para o que eu me tornei. E a noite me impede. Não busco salvação! Entrei deserto levando comigo tantos intervalos e deixei cair o mundo. Já estou só, de mundo, por escolha própria.
Eu não sinto falta, o mundo me impediu quando erigiu a sua muralha cinzenta e, na morte de cada árvore, me perdi.
Eu me perdi em um poema, em um livro, já esgotada e inalterável, para que eu possa morrer em paz.
Eu não tenho essa ânsia furiosa pelo mundo, para desejar viver ou morrer, não faz diferença quando o que me incendeia é a palavra.
Eu desanimei os meus amigos, construí reticências, não há salvação para o que eu me tornei. E a noite me impede. Não busco salvação! Entrei deserto levando comigo tantos intervalos e deixei cair o mundo. Já estou só, de mundo, por escolha própria.
Eu não sinto falta, o mundo me impediu quando erigiu a sua muralha cinzenta e, na morte de cada árvore, me perdi.
Eu me perdi em um poema, em um livro, já esgotada e inalterável, para que eu possa morrer em paz.