O paladino das artes
O deputado BBB Jean Wyllys que se promoveu a si próprio (a redundância é intencional e necessária) como intrépido e cavaleiroso defensor dos oprimidos e também obstinado protetor das artes, não se dá conta que se tornou um “Ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha” dentro do Congresso.
Nos seus delírios, ele é fã do homofóbico Che Guevara que se referia aos gays como “pervertidos sexuais”.
Com relação ao seu papel de “protetor das artes”, ele nos faz refletir se os grandes nomes da pintura e escultura como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Monet, Debret, Van Gogh, Picasso, Portinari, Tarsila do Amaral e tantos outros, tiveram cada um em seu tempo, um “Jean Wyllys” que tenha aberto o caminho para o reconhecimento e fama que eles têm.
Mas o nobre deputado BBB tem uma característica bem particular. Até onde sei, ele nunca se manifestou a respeito dos inúmeros artistas talentosos e anônimos que existem por todo o país, pelo menos não com o arrebatamento com que defende “artes” do tipo das que foram expostas no Queer Museu em Porto Alegre e no MAM em São Paulo.
O quixotesco herói teve a coragem de comparar os afrescos da Capela Sistina pintados pelos maiores artistas da Renascença, como Michelangelo, Rafael, Bernini e Sandro Botticelli, com os rabiscos expostos no Queer Museu. Talvez em sua mente distorcida ele ache que rebaixando os maiores nomes da História das artes a nível de pichadores de muros, ele consiga colocar seus protegidos num patamar superior.
Com a mesma veemência que defende as “artes” ele faz apologia às drogas.
Crítico contumaz da Igreja Católica porque, segundo ele, abriga padres e bispos pedófilos, defende uma “revolução” que vai contra todas as noções de religiosidade, moral e bons costumes da Sociedade brasileira.
Como professor universitário, ele vê mais urgência na defesa das “minorias” do que na deplorável situação do ensino no Brasil. Talvez porque o lucro em número de votos seja maior com essa postura.
Ganhou destaque nacional não pelo seu brilhante intelecto, mas por ter participado de um dos piores, senão o pior, programa da televisão brasileira, assim mesmo, segundo consta porque era minoria e vítima.
Continuando em seu papel de defensor das minorias, o excelentíssimo BBB acha que os deputados não ganham muito. Será que ele vê essa minoria como vítimas de uma maioria que ganha salário mínimo?
Caros amigos leitores e escritores, minha intenção maior não foi descrever mais uma vez a mente gelatinosa de um político, mas tentar chamar atenção para o fato muito triste de que muitos cidadãos confiam numa canoa furada para fazer a travessia do Rio da Vida.