Quem impedirá quando o sol decidir ir e a escuridão da terra tomar conta?
Quem impedirá os encontros e desencontros?
Quem irá conter o homem de poluir, construir ou partir?
Quem chegará chutando a porta dos meus sonhos dizendo que o real implantado ali é imaginário?
Cale-se para sempre, se não for você.
Quem enxugará as minhas mãos suadas  e trêmulas ao ultrapassar cada muralha que eu mesma levantei, tijolo por tijolo?
Quem impedirá o lento nascer do seu sorriso que é mais quente do que o sol do verão?
Quem impedirá se o céu desabar em cima da minha oca cabeça?
Quem Impedirá o conflito e a reconciliação?
Quem impedirá se eu não quiser estender a mão?
Quem impedirá se estenderem-me as mãos?
Quem impedirá minha tensão?
Quem impedirá se o seu inevitável olhar me manter em estado de hipnose?
Quem impedirá meu coração de bombardear felicidade a cada nanosegundo?
Alguém impedirá?
Cale-se por hora.
Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 09/02/2018
Reeditado em 22/03/2018
Código do texto: T6249574
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