_________________A VIDA
Enquanto a Morte carregava o peso do mundo, a Vida, patriota, rezava pela vitória de Deus. Estava à beira da cama quando o universo dera à luz - nascera a Morte -, sua irmã. Após o nascimento, lançaram-na ao fogo, foi o seu batismo. Acenderam-na, foice.
Na água a Vida foi batizada.
A Vida - uma dádiva -, ria de sua parte negativa que, empunhando a foice, não era nada amistosa. E assistia aquele ritual de fúria como parte de sua natureza. Se trazia para a Morte uma florzinha, logo ela a queimava em brasa ou a picotava com sua foice. E seu rosto empalidecido, logo queimava. A Vida entendia o sacrifício que lhe foi dado, era um trabalho custoso esse da sua irmã.
A Morte sempre reclamava, enquanto 10 eram ceifados, mil nasciam!
_ Onde está o valor do meu trabalho? - esbravejava.
_ Filha rebelde! - Deus. _A segunda no nascimento e já querendo me impor ordens!
E seguia a Morte, chutando latinhas, tacando fogo no milharal, ceifando cabeças de maneira homeopática.
_ Logo minha foice estará coberta pelo musgo! - inchada de raiva diante do pouco trabalho.
Na água a Vida foi batizada.
A Vida - uma dádiva -, ria de sua parte negativa que, empunhando a foice, não era nada amistosa. E assistia aquele ritual de fúria como parte de sua natureza. Se trazia para a Morte uma florzinha, logo ela a queimava em brasa ou a picotava com sua foice. E seu rosto empalidecido, logo queimava. A Vida entendia o sacrifício que lhe foi dado, era um trabalho custoso esse da sua irmã.
A Morte sempre reclamava, enquanto 10 eram ceifados, mil nasciam!
_ Onde está o valor do meu trabalho? - esbravejava.
_ Filha rebelde! - Deus. _A segunda no nascimento e já querendo me impor ordens!
E seguia a Morte, chutando latinhas, tacando fogo no milharal, ceifando cabeças de maneira homeopática.
_ Logo minha foice estará coberta pelo musgo! - inchada de raiva diante do pouco trabalho.