______________FECHOU OS OLHOS
Mas já se achava cega havia 40 aos. Efetuou esse desembarque do mundo quando tudo era penumbra.
Quando já empalidecidos os olhos, hummmm... espargiu saliva pelos punhos, feito gata, não ficou um só fiapo de letra. Respingou fartamente a saliva, igualmente hábil quando tapando os ouvidos. Experimentou o estado de si e mergulhou em tantas histórias, tantos mundos, tudo tão claro agora quando tomada pela sensação de olhos avessos.
As calçadas eram dançantes, e os postes trêmulos e os caminhos largos e aquele cheiro adocicado... Mas seguiu amparada, era tudo tão denso e cheio de texturas... Seguiu sussurrada por outra voz... os vilarejos, o som progressivo do universo, a lua e a trajetória do cometa, os cachorros perseguindo os motoqueiros, as canelas pinicando à proporção que se embrenhava na mata, os pescadores e a igreja tocando o sino, a poeira endurecendo os cabelos e a vastidão descampada... seguiu estrangeira na trilha do aroma do café. Em trilha de véspera, andava espremida de mundo...
Quando já empalidecidos os olhos, hummmm... espargiu saliva pelos punhos, feito gata, não ficou um só fiapo de letra. Respingou fartamente a saliva, igualmente hábil quando tapando os ouvidos. Experimentou o estado de si e mergulhou em tantas histórias, tantos mundos, tudo tão claro agora quando tomada pela sensação de olhos avessos.
As calçadas eram dançantes, e os postes trêmulos e os caminhos largos e aquele cheiro adocicado... Mas seguiu amparada, era tudo tão denso e cheio de texturas... Seguiu sussurrada por outra voz... os vilarejos, o som progressivo do universo, a lua e a trajetória do cometa, os cachorros perseguindo os motoqueiros, as canelas pinicando à proporção que se embrenhava na mata, os pescadores e a igreja tocando o sino, a poeira endurecendo os cabelos e a vastidão descampada... seguiu estrangeira na trilha do aroma do café. Em trilha de véspera, andava espremida de mundo...