_DESENHOU MISTÉRIOS COTIDIANOS
Em silêncio, num engarrafamento de ideias, traçou um pássaro ominoso cujo canto doce de cantar a vida, destroçava uma flor.
_ Desenhe coisas felizes! - diziam.
Ela tinha vocação para o cotidiano e também para a poesia.
Desenhou, na curta-metragem do giz a presença viva da foice, não era empolgante como gostariam. Mas era argumento em sua paisagem. A foice chegou desacompanhada de flores. O pássaro em seu préstimo, acompanhava o sepultamento.
_ Desenhe algo mais colorido! - insistiam.
Mas desenhou um cemitério e coisas que, para muitos não representam nada. Mas para ela... sim! Havia de estar bem poesia para deslizar pelas ruínas. Era apenas um pé de flor tão comum como as outras hastes mas - incrédula -, não consegia reunir as pétalas.
_ Que horror! - diziam diante da paisagem desenhada.
Era flor esquecida na tradição de seus pesadelos nas selvas inexploradas da palavra. Calculou não ser rosa, nem margarida, entretanto - coisa provável! -, cacto lidando com os espinhos comuns do cotidiano.
Desarmada, imaginou-se um cacto-estrela, mas proseguiu de crescer só cacto.
_ Não existe mundo assim! - criticavam seus desenhos.
Elogiavam a importância de seus exemplos. Mas simples e brejeira, construiu um mundo já varrido do mapa, no dia primeiro de virar a página das coisas que não sabia.
_ Coitada! É triste! - sentenciavam.
Entrincheirou-se entre outros cactos, coração atravessado por espinhos quando estaja já a dois passos das pétalas. Desenhou-se empilhada e pôs-se a atrofiar à janela do senhor do escuro, em seu ensaio sombra.
_ Desenhe coisas felizes! - diziam.
Ela tinha vocação para o cotidiano e também para a poesia.
Desenhou, na curta-metragem do giz a presença viva da foice, não era empolgante como gostariam. Mas era argumento em sua paisagem. A foice chegou desacompanhada de flores. O pássaro em seu préstimo, acompanhava o sepultamento.
_ Desenhe algo mais colorido! - insistiam.
Mas desenhou um cemitério e coisas que, para muitos não representam nada. Mas para ela... sim! Havia de estar bem poesia para deslizar pelas ruínas. Era apenas um pé de flor tão comum como as outras hastes mas - incrédula -, não consegia reunir as pétalas.
_ Que horror! - diziam diante da paisagem desenhada.
Era flor esquecida na tradição de seus pesadelos nas selvas inexploradas da palavra. Calculou não ser rosa, nem margarida, entretanto - coisa provável! -, cacto lidando com os espinhos comuns do cotidiano.
Desarmada, imaginou-se um cacto-estrela, mas proseguiu de crescer só cacto.
_ Não existe mundo assim! - criticavam seus desenhos.
Elogiavam a importância de seus exemplos. Mas simples e brejeira, construiu um mundo já varrido do mapa, no dia primeiro de virar a página das coisas que não sabia.
_ Coitada! É triste! - sentenciavam.
Entrincheirou-se entre outros cactos, coração atravessado por espinhos quando estaja já a dois passos das pétalas. Desenhou-se empilhada e pôs-se a atrofiar à janela do senhor do escuro, em seu ensaio sombra.