Procurando o absurdo maior
Absurdo é definido como “Qualidade do que é contrário ou repugnante à razão”.
Pela própria definição, para classificarmos um fato ou situação como absurdo, teria que de alguma forma haver uma reação contrária.
Se essa reação for momentânea, significa que o que num instante inicial era absurdo, algum tempo depois, que pode ser alguns minutos, horas, dias, meses ou anos, perdeu essa qualidade.
É preciso observar que como se associa o absurdo à razão, ele se torna um conceito pessoal, pois a razão é a capacidade de formar juízos a partir do intelecto de cada um.
O intelecto por sua vez é definido de forma bem resumida, como “faculdade de compreender” ou “inteligência”. De forma mais ampla ele é capacidade cognitiva que permite que o indivíduo conheça a si próprio, o que o rodeia e algo que os transcende. De acordo com essa capacidade cognitiva o ser pode até prever atitudes de outros e acontecimentos futuros com base em exame da realidade atual.
A História da Humanidade nos mostra inúmeros absurdos que, obviamente, só aconteceram porque não houve reação enérgica imediata contra eles.
No brasil existem os absurdos institucionalizados e os que se sucedem no dia a dia. Existem as reações contra eles, mas até agora elas não têm tido força suficiente para diminuí-los. Estamos a todo vapor em matéria de produção de absurdos.
Se fosse criada uma nova disciplina dentro da área de Ciências Humanas com nome de Absurdologia, o Brasil seria um laboratório ideal para seus estudos teóricos e práticos. Somos um verdadeiro caldeirão de absurdos.
Mas com certeza, o mais urgente para ser estudado e combatido é o absurdo de convivermos com tantos absurdos por tanto tempo e não reagirmos.