Autobiografia, parte II
Sou quatro homens em um só, quatro luas em um microdeus, um lunático mestre e aluno de si; quatro luas em seu esplendor e sombra; sou um fruto da árvore da hibridez, um completo mistério parcialmente decifrável.
Sou o artista, aquele que lê e escreve, pensa e sente, que cria e produz marcas para a imortalidade; um homem original e autêntico que cria Artes de si mesmo em síntese com o mundo que vivemos; sou o homem que percebe o mundo além do sistema medíocre que trava o poder pessoal popular.
Sou o místico, aquele ser desconhecido cheio de segredos, composto dos quatro elementos, com poderes estranhos e repleto de conhecimentos ocultos que a curiosidade humana teme; sou portador de missões com ele mesmo e a Natureza, um discípulo de Jehuty e filho de Anúbis.
Sou o enfermeiro, aquele que cuida de vidas e mortes com ética e seriedade no trabalho, um profissional técnico humanizado que gosta do trabalho e se sustenta dele; sou o homem que aprende e ensina com as pessoas na saúde e na principalmente na doença; sou o aventureiro, aquele que saboreia o mundo em liberdade sem se prender a mesmices, um animal indomável buscando conhecimentos e habilidades sem ter raízes; sou o homem que
vive intensamente seu hedonismo regrado, amante dos prazeres e fugitivo das dores. Se perguntarem quem sou não sei a respostas, mas aposto caro que sou um quarteto de um só homem; sou a outra quádrupla face excêntrico solitário, híbrido metamórfico, ocultista herege e um pensador. Sou o Octógono Obscuro, um símbolo e arquétipo. Sou um quarteto que virou octeto.
- Mensageiro Obscuro.
Agosto/2007.