Ninguém perde. Ninguém ganha

Todo mundo quer ter uma pessoa que se preocupa conosco. Que dê um bom-dia todas as manhãs e que, no fim do dia, pergunte como foram as nossas últimas 24 horas.

Qualquer pessoa gosta de carinho, cumplicidade e atenção.

Quando encontramos isso em alguém, é algo mágico, inefável e magnificente. E como isso nos deixa feliz e sorridente. Nossa alegria contagia os que estão ao nosso redor, pois até nosso semblante muda. É como se toda canção de amor já produzida, tenha exatamente a descrição de nossa história de amor. E por mais que surja um problema, sabemos que temos alguém para, ao menos, nos confortar. Os problemas nem são vistos com tanta intensidade, pois temos os de outra pessoa para comparar. E por mais que os problemas do outro também, de certa forma, passem a ser nossos, não é como se duplicasse a carga, mas aliviasse ao meio.

Se passam dias e não vemos, ouvimos ou tocamos a pessoa que amamos é algo realmente desesperador, mas é nivelado com a chegada, com o toque que se tornam mais intensos e deleitantes que o primeiro deles. Sim, essa é a saudade, palavra de particularidade da língua portuguesa, mas que já foi sentida por todos. Sempre que ocasionada em casais que se amam, é compensada com fervor.

O amor é uma mistura louca de doação e ganho. Ninguém perde, mas também ninguém ganha. Nele, encontramos as respostas sem que as perguntas jamais tenham sido feitas. O amor liberta, o amor aflora, o amor alenta.

(Jéssica Cobain)