EMPATIA
Através da janela translúcida do oitavo andar de um hotel de São Luís, sou conduzido a olhar para cada ponto amarelo que saem dos postes que iluminam a cidade.
Sou conduzido a perceber o turbilhão de cores e velocidades que carros e motos passam lá embaixo nas avenidas.
Sou conduzido a refletir por um instante que tudo esta bem e, que em cada casa, carro, moto, becos e vielas, na medíocre distância que me separa, estão a comportar famílias felizes e sem problemas.
O que na verdade me chega são apenas percepções de um todo que me acomodam na minha famigerada forma de ser um ser humano.
A distância efêmera que me separa do que meus olhos percebem ao longe me fazem refletir sobre a minha capacidade de enxergar o outro com o olhar do outro, sem a necessidade de ser o outro.
Quem sabe, esses mesmos pontos amarelos, cores, becos e vielas, possam não somente a mim, mas a você também, refletir sobre a necessidade urgente que o mundo precisa, da tão falta de construção e vivência de se ter: EMPATIA!