O Tempo...
Às vezes o tempo caçoa de mim,
Silencia por todo o dia, como se eu não estivesse aqui.
Não quer dialogar, nem ao menos ficar ou me escutar.
E me deixa num canto da sala no intuito de me fazer pensar.
Mas tem dias que ele vem ruidoso e abraça-me, deixando-me quase sem ar...
Arrancando de mim um sorriso meio sem graça como de quem que acabou de acordar.
Abrindo a cortina do quarto e iluminando minha alma,
Fazendo cócegas para que eu pule da cama com um mantra que me acalenta e me chama pra na vida atuar!
Levando-me ao chuveiro quente, dando um banho no meu corpo e em minha mente.
Sorrateiramente ofertando-me um cheiro de café bem quente...
Daqueles que anima a gente, a nos vestir de cores,
E a experimentar sabores de um dia que vai começar.
Daí eu vi que nem todos os dias são pardos ou nublados.
E entre os altos e baixos, desde a tenra infância, ele estendeu-me a mão, a fim de levantar-me para seguir, para continuar, se jogar, aventurar...
Ele estava junto aos meus pais, aos entes queridos e com meus amigos,
Como uma forma de sempre estar comigo, como hoje, e ver-me como mulher ao seu lado se tornar.
Eh! O tempo nos presenteia com muitas lições, amadurecimentos, conhecimentos...
Precisamos apenas de um olhar com sensibilidade para vê-lo passar.
Ele constrói muitas coisas, e destrói outras,
Mas, sempre no intuito de estando em nossas vidas, em nossa evolução auxiliar.