Desligo o som
Apago os versos
Fecho os livros
desconecto o wifi
Não olho
Não abraço
Não falo
Não acendo um incenso
Nâo faço um chá
O que sobra de mim?
Não leio
Não ouso
Não uso
Não recito
Não cito
Não crio
Não creio
O que sobra de mim?
Eu já não escuto barulho
Mas se não ouvir o silêncio
O que sobra de mim?
E as sombras, as sobras, as solas dos sapatos
desgastados de vadiar por aí
Sem nada disto, o que sobra de mim?
Paro de repetir, paro de rir, paro
parece não sobrar nada
nada sobra de mim
Se já não reciclo cada diploma de ganância
Minhas árvores nunca mais me viram
Minhas raízes profundas se movem
a ponto de ser extraída da terra
Me desespero, passo a não me ver aqui
pergunto-te: O que poderia sobrar de mim?
Apago os versos
Fecho os livros
desconecto o wifi
Não olho
Não abraço
Não falo
Não acendo um incenso
Nâo faço um chá
O que sobra de mim?
Não leio
Não ouso
Não uso
Não recito
Não cito
Não crio
Não creio
O que sobra de mim?
Eu já não escuto barulho
Mas se não ouvir o silêncio
O que sobra de mim?
E as sombras, as sobras, as solas dos sapatos
desgastados de vadiar por aí
Sem nada disto, o que sobra de mim?
Paro de repetir, paro de rir, paro
parece não sobrar nada
nada sobra de mim
Se já não reciclo cada diploma de ganância
Minhas árvores nunca mais me viram
Minhas raízes profundas se movem
a ponto de ser extraída da terra
Me desespero, passo a não me ver aqui
pergunto-te: O que poderia sobrar de mim?