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_____COM TODO RESPEITO!
Me deixe passar!
Me poupe de todas essas coisas ditosas!
A realidade é osso!
Nem a criança sabe - mas por quê não sei -,
como te posso eu dizer?
Vida
- que dizer dela? -,
quem sonha mais aqui
- eu ou você?
Que seja, enquanto eu puder!
Dá-me uma razão
- melhor não! -,
eu já posso até imaginar em ti
a aspiração.
São inúmeros os horrores,
se possível me poupe
o pensamento infinito de boas intenções.
Ah, para de me amolar com crendices!
Aprende que o céu é o desespero dos inconsoláveis.
Eu sinto até arrepios de imaginar
o pensamento que ora e nada pode garantir!
Mas, por favor, me deixe aqui,
nesse respirar silente
pois eu quero me desdobrar gárgula!