Dias sem fé...
São 02:26 de uma sexta- feira qualquer, olho pela janela e o pé de laranja lima ainda está lá...
pergunto-me por quais razões a vida fica tão descompensada após determinada idade.
A vida adulta outrora tão altruísta, parece-me cercada de armadilhas e equívocos. Tão ardilosa!
A dança cíclica do "trabalhe, compre & pague" faz muito mais sentido do que quando eu compus uma canção que trazia essas ideias. Tornar-me ei naquilo que sempre odiei? No algoz das canções que eu encabeçava!?
Passei a buscar coisas, itens, preços, status e, em dado momento, nada disso era o suficiente para acalmar a minha sede... Busquei sensações, riscos! Como um vampiro...
Mas, eu preferia sangrar ao virar o que temia! Apeguei-me a pessoas, acreditei em pessoas, lutei por pessoas!
Com o tempo lutamos por algo e após termos, o valor cai em descrédito. Questiono-me se com as pessoas a relação é similar... Acabei de reparar que sim, não para mim, mas comigo.
Já observei o pior lado dos cães e o pior lado dos homens, sorrio de forma irônica ao perceber que prefiro os latidos.
A última vez que escrevi aqui, se não me engano, foi em 2009, não sei quando tornarei a escrever... Não sei se alguém irá ler...
Só me pergunto quanto tempo irei suportar essa tal da vida adulta, essa miragem pândega.
Ando pelas mesmas ruas, talvez apenas não seja o mesmo cara.
Talvez eu pense demais...
Talvez eles pensem de menos...