AOS POLÍTICOS HAEMAGOGUS...
PARA REFLETIRMOS JUNTOS:
As doenças, principalmente as infecto- contagiosas ,são marcadores sociais que espelham o IDH ( índice de desenvolvimento humano) dum povo.
São ícones complexos que, quando expostos escancaradamente aos surtos e epidemias, nos falam do âmago do todo duma gente.
Um surto ou mesmo uma epidemia de qualquer doença, como a FEBRE AMARELA a exemplo, não acontece da noite para dia, mesmo que sejamos um país tropical, aonde o vírus amarelínico silvestre é endêmico pela matas .
Mas...mas... é preciso um cenário de bastidor complexo que, a colocar um social em risco perene, converge vários fatores para a resultante doença, pelos diversos vetores do abandono, esses que durante anos e anos caminham juntos nos alvejando devastadoramente a todos.
É preciso entender o surto de FEBRE AMARELA MUITO além dum simples mosquito que nos pica e nos injeta um vírus de ALTÍSSIMA LETALIDADE.
É preciso entender que a febre amarela hoje, muito mais que um problema social e sanitário, é um problema político.
Não se faz SAÚDE sem VERDADEIRAS políticas públicas de infraestrutura SOCIAL.
Mas, num país deseducado é difícil a percepção CONSCIENTE de que adoecemos por abandono, por desleixo, por falta de compromisso político com as pessoas, com total falta de atenção e valorização da Vida.
A CORRUPÇÃO faz sepse hemorrágica tão ou mais grave que a febre amarela.
Mata mais que qualquer vírus virulento, sem dúvida alguma, porque nos sangra aos poucos e invisivelmente, sem vacinas, sem analgésicos e sem remédios que a curem, a não ser que, entre nós, a educação seja ressuscitada por milagre.
Enquanto isso, sangraremos de febre amarela bem amarela e democraticamente, sem distinção social, na igualdade de todas as cores.
Numa sociedade doente, ninguém fica saudável sozinho.
Oswaldo Cruz não acreditaria no que vivemos.
Fica a reflexão.