CONTINUIDADE
É possível que a concepção mais importante de todos os tempos seja a de fazer perguntas.
O avanço da humanidade continua contingente da compreensão abrangente de muitas questões que funcionam entre si em numerosas relações de dependência recíproca ou subordinação, e apreensões que apresentam diversos aspectos de dificuldade para o intelecto e as crenças.
Apesar de algumas pessoas reunirem o conhecimento genuíno, mas, apenas parte de uma resposta completa, vários pensamentos, como a contraposição entre o livre arbítrio e o determinismo, a diferença entre o cérebro e a mente, a natureza e a educação, conceitos de imensa complexidade parcialmente compreendidos e interpretados, que envolvem o tratamento do enredamento da realidade de perspectivas dessemelhantes, muitas vezes profundamente incompatíveis, permanecem sob o escrutínio da busca do entendimento e da abertura para receber influências externas.
Através da história humana, pensadores autenticamente dotados de talentos têm contribuído com seus conhecimentos para um mundo melhor. Todavia, talvez venha a ser indivíduos solitários que descubram as premissas patentes, significativas e esperançosas para as respostas desejadas das questões relevantes para a humanidade.
Devido às propriedades sutis da natureza humana, que não se manifestam sem provocação, a controvérsia entre a premissa e a promessa geralmente está em áreas inusitadas. Pensam em procurar uma solução na computação paralela, apesar do pressuposto de que essa área é, ainda, deficiente e merece inovação, mas, que um dia no futuro nos auxiliará, parcialmente, nos muitos problemas condicionais que confrontamos.
Como depositário de conhecimento, o computador proporciona a informação representada no banco de dados, e gera a apresentação dinamicamente filtrada, escolhida e apresentada em harmonia com nossas necessidades específicas, não sendo projetado para apresentar o conhecimento aos seres humanos no tempo, lugar e formato que seria mais útil, pois, não existem formas de criarmos um elo síncrono com a máquina, contendo todo o saber humano, para contribuirmos eficazmente com nossos conhecimentos para um conjunto de registros que poderia ser lido pelos computadores, assim, incidindo para a apresentação de informações não ser confundida com a própria informação.
Atualmente, usamos a lógica para programar o computador, em lugar de pesquisarmos maneiras de ensinar gradualmente de maneira sábia, a vantagem do nosso senso comum e habilidades intelectuais ao banco de armazenamento, para que, no futuro, tenhamos uma infraestrutura virtual mais elevada, em que nossas ideias possam evoluir de forma transcendente e serem transmitidas para mudar a maneira como o computador informa. Contudo, não existe uma noção de como e quando tal avanço será possível, além do ceticismo e de afirmações de que isso provavelmente nunca poderá ser feito.
Num mundo conectado à Internet, que produz uma anárquica, onipresente, ilimitada e descontrolada fertilidade de informação, causando uma alteração fundamental na relação entre o conhecimento, conteúdo, lugar e espaço, é extremamente difícil acompanhar o funcionamento dos sistemas que podem ser transmitidos indiferentemente de modo analógico ou pela Internet, selecionados virtualmente, por uma pessoa, ou alguma combinação de ambos.
Quando crescemos, deixamos inalterado ou rejeitamos pensamentos conflituosos desde o começo de nossa vida, que nos fazem sentir simultaneamente influenciados em duas direções, ao mesmo tempo em que desejamos reter nossa decisão com lonjura.
Enquanto isso, o ensino escolar dos métodos adequados para garantir a formação e o desenvolvimento intelectual, moral e físico do ser humano, é seriamente incompleto e mal executado, assim como os instrumentos dentro de ambos. De um lado, é necessário aprender a aprender. Do outro, é preciso aprender a ensinar.
Uma educação excessivamente permissiva leva à perda de direção. Por outro lado, a abordagem autoritária da educação pré-escolar dificulta as crianças criando constrangimentos e limitações no aprendizado.
Em favor da evidência, podemos optar pela disposição para ver as coisas pelo lado bom e nos concentrarmos em algo remedial deixando de lado o preconceito, buscando aumentar o valor didático no ensino de como pensar de maneira crítica, estressando o entendimento dos princípios para desenvolver uma melhoria no conjunto de ferramentas cognitivas, encorajando as crianças a aprender experimentando ao vivo o aprendizado, interagindo com o ambiente, os indivíduos e as instituições que compõem a comunidade, brincando com a informação, e ministrando sem detalhes supérfluos.
Numa análise mais intrínseca, devemos nos comprometer antes de procurar gerar algo que legitime a rejeição de tudo o que não aceitamos como fundamento, que, inversamente, pode nos trazer danos irrecuperáveis a tudo que validamos como lógico e decente.