Recortes
Quero a paz de um amor bandido.
Que o amor surja
em caudalosas ondas,
descortinando os véus
dos teus encantos.
Sombras há
por todo canto.
Entre trevas e sorrisos,
revelam-se identidades.
Que gaivotas sobrevoam
teus medos?
Que Sol inebria
a lua que há em ti?
Luzes e trevas
convivem harmoniosamente
– Tudo depende do vácuo
que as separa.
Manter-se à superfície,
esmagando o empuxo da depressão,
revela que navegar pressupõe
força permanente e árdua dedicação.
No caminho, em todos eles,
há dúvidas, medos, sonhos, luzes, trevas...
A sinuosidade do percurso não garante
nem a paz nem a turbulência
– Variando em função
da percepção do caminhante.