_________________O AVESSO
_ Então não saímos por causa da chuva - o Avesso.
_ Não, do sol forte. - Ela.
_ Hoje vamos fazer origami.
_ Poesia!
_ Não...
_ Acho que não faz mal nenhum, não é?
_ Vamos colar algumas coisas quebradas. Que tal?
_ Começou a sair sangue pelo seu nariz.
_ Acontece sempre que ouço a voz escondida.
_ Mas não é a minha.
_ Não, é uma voz que arranha como vidro e se estende sangue quando pelas paredes da garganta.
_ Eu não consigo tirar a minha da cabeça.
_ Sem parar, sem parar.
_ Isso! O que diz?
_ Qual delas?
_ Ora, a sua!
_ Grrrrrrrrrrrr!
_ O que você está fazendo para ela ficar nessa irritação?
_ Apenas respirei,
_ O que é que a gente vai fazer com essas vozes?
_ Uma espécie de boneco fugido de dentro de nós.
_ Para distrair as vozes?
_ Sim.
E então veio aquela massa de coisa, e ia tudo bem, mas a que foi embora dela, engasgava, tossia incansavelmente e tinha rasgos nas costas. Mostrou-se frágil em contato com o ar e morreu. A que se jogou dele, gritou. Ficou plantada na palma da mão, esteve muito perto de sobreviver mais que quatro minutos.
_ Não têm como sobreviver. - disse ele.
_ Teria sido alguma infecção?
_ É, sei lá... Acho que foi a vida.
_ Devíamos tê-los avisado da iminente tragédia.
_ Como você é animada - disse ele. - Começou a sair sangue pelo seu nariz.
_ Acontece sempre que ouço a minha voz. É como uma furadeira na minha cabeça.
_ Entendo bem o que é isso...