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AINDA MAIS
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Abarcados
- reflexos -,
enquanto o mundo gorjeia liberdade
andando sobre moletas.
Estreito labirinto
- mundo -,
sob a mortalha das horas e das estrelas
e um céu inteiro!
Mundo?
São pálpebras fechadas
onde fuzis à fronte de rostos iguais
com pretensão a eternidade
vão sendo devorados,
de tudo,
até das preces e do primitivo da carne.
Abarcados,
ainda mais!
Desfolhados,
sem os guizos dos minutos,
nesse espaço de viver
- intervalo -.
O dia desocupa o homem
que ainda ergue a sua bandeira,
os seus símbolos e
cá estamos,
- encolhidos poesia -,
sem bússola,
sem saldo,
na centelha do agora...
O mundo?
Não para de engolir o homem
- mero ruído ao chão,
sem história,
sem bandeira,
nada além de um monte de pó
entre o dom das raízes.
Acordamos poesia! A devolver-lhe a asa... Enamoradas almas!
Enquanto a morte se distrai com o mundo,
entre corpos que imitam a liberdade
quando num ventre de civilizadas serpentes.