OLHADELA DE LEVE...
E, num dia desses, deu-se
Uma olhadela de leve, pois,
De soslaio, de canto de olho
Para os caminhos andados
Dos trechos de chão percorridos
E se perguntou, em dúvidas,
Porque, o medo sentido de
Se seguir em frente, ávido,
Afoito e com pressa de chegar...
E se quis olhar para trás e ver
Os rastros deixados, antes de que
A enxurrada da chuva os apague,
E se questionou os contratempos
Que tentaram impedir tal caminhada,
E se perguntou, porque, que
Não se comunicou com o presente
Que o futuro ainda era e que agora
O futuro chegou ao presente e
O mesmo ao passado ruma e lá ficar vai...
E se sentiu o drama da trama do trauma
Da indisciplina aplicada que não devia
Ser executada e sim a disciplina apurada,
Mas ainda não é tarde para se corrigir
Esse erro impensado cometido,
Basta sempre se dar uma olhadela
De leve, de soslaio, de canto de olho
Para o caminho trilhado e ver se
Os rastros deixados ainda permanecem,
Se sim, tudo bem, segue-se em frente,
Se não, é melhor voltar atrás e
Os refazê-los, novamente, mas agora
De forma correta, coesa e certa...