LIBERDADE CONDICIONADA
Evidente nas diferentes manifestações da estrutura político-social dos grupos produtores corporativos tutelados pelo Estado ao autocrático movimento político e filosófico, à destruição da arte e do meio ambiente, reprimindo a sociedade, força-nos ao enclausuramento numa forma íntima, para nos proteger do convívio.
Não há um meio campo, uma neutralidade, quando se trata da verdade.
O espetáculo da religião, filosofia, metafísica, ciência e da política tentando fazer sentido do conhecimento do nada, numa propaganda de explicações e interpretações que causam uma confusão infinita em massa, se divertindo com a semântica, brincando com palavras, confundindo e influenciando pessoas simples e reais.
Não pertencemos a nós mesmos, nem temos direitos, apenas privilégios concedidos pelo país provocando um estado de espírito reconfortante exposto num papel branco escrito em preto, que podem ser resgatados pelo governo no poder, tirando de nós o ritual aceito em nossas vidas diárias. Exceto pelas instituições jurídicas, o direito tem seu valor quando protege a sociedade, numa relação direta entre os direitos e os benefícios sociais com proventos identificáveis e quantificáveis.
Os direitos se originam de princípios éticos primordiais e justificam ações tomadas para protegê-los, pois, um ato ou propriedade não ganha legitimidade, significância real e certeza pela simples prática generalizada.
O dinheiro e a autoridade, as duas efetivas e deceptivas religiões que realmente controlam o mundo, traumatizam e motivam as pessoas ao niilismo. Entretanto, não as incapacita a entender a verdade em relação ao interior e o exterior da dinâmica existencialista.
Não devemos sacrificar nossa liberdade por um compromisso de proteção, pois, somos responsáveis por nossas próprias atitudes e fé na liberdade de acreditar no que achamos ser essencial para a nossa dignidade, tomando decisões e buscando permanecer intelectualmente livres e expressivos, como o último amparo da razão neste mundo insano.