O moinho do Cartola
A vida gira nesse mundo itinerante
vamos todos passeando passageiros imigrantes
Construindo abstratamente sonhos e correntes
Raízes, matrizes, heranças e Herdeiros
Tudo efêmero como o tempo que acreditamos
"inteiro"
"Sonhos mesquinhos". Quanto queremos
em relação ao que temos?
edônicos corremos loucos
mendigando por mais um pouco
Quanto o que "é demais nunca é o bastante...
Tenho nas mãos uma marreta amigo Cartola
Que derruba os moinhos
Porque quero mais que a vida
Viver sem ninho...
Voar pela imensidão desse mundo
antes que minhas ilusões se transformem em pó.