O PALPITAR DA VIDA

Arranquei o capim com sua raiz do seio da terra, e o joguei sobre as pedras.

Depois de um tempo retornei para limpar o local.

A planta estava seca, morta, sem vida.

Ao tocar nas suas folhas ressecadas pronta para ser lançada ao fogo, pensei:

_ Ao arrancá-la da terra, lhe tirei também a vida.

Então, a terra é vida!-

Numa das mãos amassava as folhas mortas, na outa mão esfregava um punhado de terra.

Filosofei:

_ Morte e vida entre as mãos, o que há nesta pequena porção de barro que gera a vida?

Será que a ciência com sua sabedoria poderia me explicar a energia vital?

Acho que não! Os sábios poderão me dizer os componentes nestes grãos de terra.

Falarão de elementos químicos, elementos orgânicos, bactérias, e tantas outras definições sobre o processo gerador de vida.

Não! Não é isso que tento compreender.

Onde? Onde está a energia vital no meio destes grãos de barro?

Onde? Onde o palpitar da vida? –

Há tantas maravilhas nos processos da geração de vida na natureza, que entendi um pouco a famosa frase do grande Filósofo Sócrates.

“Só sei que nada sei”