A VIDA NÃO É COMO O SOM E A FOTO APRISIONADO

A foto é o aprisionamento de um instante de um foco, e naquele instante, aquele sorriso, aquela impressão facial, o brilho dos olhos, a quantidade luz, a posição da luz artificial ou solar, o fundo com seus milhares de detalhes, os reflexos, tudo são únicos, este aprisionamento não poderá nunca ser repetido, pois as condições de tempo e espação já se passou como as aguas do rio, que nunca mais será a mesma que passou sob a ponte.

O Som também quando é gravado é um aprisionamento único, pois a partir do momento que é propagado vai em direção a câmara(gravador) e é aprisionado, se aprisionado com outra câmara/gravador em outro ângulo não será já o mesmo som, por recebeu outros rebates. Este mesmo son é propagado por tempo e espaço indefinito e infinitamente, e a micronésio de segundo vai se modificando ao rebater e passar por objetos e outras ondas sonoras, incorporando e se modificando.

Assim também é a nosso vida, muitos nos vê, e nos ouve, em um instante e ficam com esta impressão de nós, mas nós somos como a foto ou como o som, a imagem que as pessoas tem de nós naquele instante é uma imagem e um som aprisionado, que nem sempre representa o que nós somos, até por que a gente está em constante modificação no tempo espaço, pelos fatores de contato com as coisas, pessoas, vento, luz, que nos modifica a cada instante.

Assim o contato que temos principalmente com as pessoas que passam por nossas vidas nos modifica a cada instante, nos faz refletir e nos faz pensar e nos faz ser diferentes.

Assim tudo que recebemos de impressão ou ajuda ou benefícios de terceiros nos modifica, se o que recebemos for de forma e sem esforço poderá nos tornar dependente deste paternalismo, destas doações. Mesmo o amor terá que ser reciproco, temos que dar e receber em uma medida equilibrada, dar, receber, dar, receber, se só um lado der haverá desiquilíbrio e o resultado para ambos não será satisfatório.

Assim precisamos ter muita cautela em dar e até em receber ou até mesmo se fazer presente na vida de outras pessoas, pois podemos estar e com certeza estaremos modificando aquelas pessoas para o bem o para o mal. Precisamos tentar interferir o mínimo possível na vida de outras pessoas que poderão se tornar diferentes, que poderão começar a contar com a nossa interferência, isto no amor ou na ajuda material.

Precisamos cautela em nossos contatos, seja recebendo ou dando, pois, estes contatos com certeza nos mudará e mudará aqueles com quem contatamos.

As vezes temos tempo e coisas para dar e podemos dar alguma coisa e tempo a outras pessoas que aparentemente estão precisando, mas precisamos tentar interferir o mínimo possível para que nossa interferência não se torne maléfica, e que eventualmente venha criar dependência disto que estamos dando.

Sempre que as pessoas conseguem se equilibrar com o próprio esforço, sem ajuda gratuita, ou seja com o resultado das próprias lutas e escolhas, as pessoas se tornam mais independente, mais confiante, com uma vida mais satisfatória, mais agradecidas e menos dependente.

Até porque, quando o resultado dos benefícios que temos é de nossa luta e escolha a satisfação é mais plena. 02/01/2018