VOLTAVA...

Tanta coisa acontecendo e uma ausência crescendo como jamais tinha visto...

Cada mergulho, uma vida, uma pedra, uma concha... Vontades de ir, vontades de vir e movimentos que pareciam ondas...

Tinha um horizonte como tv; Tanta areia parecendo sofá; A saudade era como a sede que não morria enquanto olhava o mar...

Mas, quando o silêncio gritou alto no ouvido

Criou asas e voou ao infinito

Mudou o tempo e faz no improviso

Encher tanto deserto com um copo d’água

Um alívio arrancou um sorriso,

A força sufocou um suspiro

E o corpo disse tudo o que a voz calava...

Tanta coisa acontecendo e uma ausência crescendo como jamais tinha visto...

Então, o silêncio voltou a gritar alto no ouvido

E as asas não voaram como já visto

Cansou o tempo de tanto imprevisto

Tanta sede no mundo queria um copo d’água...

Um alívio quis brotar do sorriso,

Mas, a força não sufocou o suspiro

De saber que agora só havia sentido

No dia em que ele nunca voltava...