Cigarro de mel
Saudade de casa, como voltar para o próprio corpo logo depois de esquecer os pensamentos. Recordar, isto é, a memória e a infância. Ou o passado, então... Nada pode nos machucar, fumando um cigarro ou um baseado enrolado no papel de seda, recheado com erva-do-diabo. Melancolia do calçado rasgado ou da roupa favorita como pestana depois do almoço na casa de Domingas... Feijoada dizem que combina com Bahia. Modos musicais e escalas - estilos, trovas e cantigas de escárnio. Amor colono de Roma, invenção industrial embalada à vácuo. Saudade do monstro que conquistou a bela e musicas à capela. Samba, MPB, bossa nova e cultura ocidental. Frevo, guarda-chuva e bengala - Cigarro mentolado. Bala-de-goma e cravo. Canela roxa, camiseta T-shirt branca manchada de Campari. Outra guerra acontece debaixo das pálpebras e dos velhos. Apenas jovens morrem sonhando com a cobra negra, serpente verde. Presente dos deuses do conhecimento - expulsão do paraíso pela mordida do vermelho-sangue. - Gênesis e híbrida, mestiça cruza linha, morte e vida. Purê de tinta. Açúcar, vapor e mentira. Saudade e nostalgia - melancolia. Mascavo.
PS: Blitz