________________DESCRI
Não! Não há um céu repleto de formosura!
(durma com essa)
(durma com essa)
Ou há - dentro da sua aversão ao que leu -,
lotado de belos anjos e harpas!
Pouco me importa!
Céu, inferno... sorria extremos que o meu passo é valsa!
Ah, descri!
Como vermes remexendo na carne
- cá dentro de mim -
são todos frutos cor-de-rubro.
Ah, a tua face talhada de encantos sorrindo alegre para o céu!
E o tempo passando em tua veia purpurina
cuja alma atrofia e a vê dormir ao colo dos teus sonhos.
Neste mesmo leito em que te enfeitas de enganos.
Descri.
Não tenho o seio palpitante das donzelas.
Teria sido algum mau agouro?
Nasci desalinhada dos demais?
Meus dedos tão delicados, ah! Como podem?
A ama se desfaz com mortal tristeza nas longas valsas pelos meus dedos...
É tão doce morrer talhada de cicatrizes!
(lembram-me do tempo que passei no mundo).
Guardaste as tuas?