A Escritura e a Indiferença

Escrevo alguma coisa há quase três décadas. "Muito", pode soar a algumas pessoas. "Pouco", para outras. (Estou entre essas, tão exigentes, tão perfeccionistas, tão CHATAS!)

(Tentarei não ser tão acadêmico [é habitual qu'eu seja].)

Escrever é um dom? Escrever é uma necessidade? Escrever é mesmo necessário? Mesmo sabendo não ser lido, por N motivos?

Escrever

Escrever

Escrever

ESQUECER.

Taí! Rumo ao silêncio. Do tipo que ecoa na Eternidade dos Dias Que Morrem, ao fim do dia de cada ser humano. "Dos Dias Que Morrem": gostei dessa expressão. Eles chegam ao seu fim, não? Ao cair da noite, os dias morrem. Ou deixam de existir. (Sair da realidade é vir a termo, sabe? É. É morrer e deixar este mundo.

Que cada pessoa tenha a sua escrita. Que a cada pessoa seja dado esse direito de posse. De ter algo com que s'expressar por escrito. Se será lido com (in)diferença, bem... Não seria isso, então, querer demais algo que não nos foi garantido?