Entre as pendências

Agora, só terei saudade

daquilo que ainda virá...

Não me lembro quando foi que afirmei isso.

Seria quando tonteava atrás de respostas

sem perguntas?

Ou seria quando muito pensava

e sem chegar a nenhuma conclusão

deixava em aberto, a crucial afirmação

“depois resolvo isso”?

O depois seria sempre o nunca

Seria, porque pensar e pensar e pensar,

sempre foi o que mais fiz.

Não foram pensamentos isolados.

Não. Eram pensamentos que envolviam

resolução, audácia, cautela, teimosia.

O que há envolvendo a psique,

quando muito nutrida,

é uma trama insolúvel...

Sei que nutri a minha.

Dei-lhe uma bagagem de informações

mas não etiquetei nada.

Não fiz uma lista seqüencial

E os dados acabaram por se misturar

criando o ilógico da lógica.

Nãofizumasegundaleituradoquehavianasaudadeporqueeladóisemmeudomínio.

Não é futuro ainda.

Nada veio afinal.

Então,

“depois resolvo isso”.