Minha leitura de mim
Eu tento entender em que situação eu me meti,
Só pra saber, qual a melhor condição pra sair,
Mas permaneço submerso,
Sou feito de versos,
As vezes controversos.
Eu queria mergulhar,
Mas sou superficial,
Eu queria margear,
Mas sou o ponto central.
Hoje eu sou o que sempre quis,
Um eterno aprendiz.
Eu não tenho certeza de nada,
Sou um conto de fadas,
E nada mais me enfada,
Além da minha cicatriz.
Percebo que me perco em minha leitura de mim,
Pois sou um caráter bem consolidado,
Em uma alma de querubim...
Eu escrevo para tentar expulsar,
Escrevo para tentar compreender,
Escrevo para me persuadir,
Escrevo para tentar propor,
Escrevo para conseguir ler o interior do meu labor.
A minha mente está tão confusa como uma nostalgia futurista,
Que já sente saudade daquilo que ainda não experimentou,
Eu te convido a essa sinestesia, que a poesia pode oferecer,
Empático, lírico, doente e querendo me entender.