MINHA LAGRIMA

Uma gota de lágrima escorre do olho esquerdo.

Molha o cílio inferior, meu rosto sofre ao sentir o roçar líquido.

Mais abaixo, umedece a barba, num jorro sagrado, próximo da religiosidade.

Séria e brilhante, ela desce contínua e os fios médios não resistem: deixam chegar a sua extremidade.

Grisalho. Você está velho para entristecer a esse ponto.

Eu não devo chorar, sou homem.

Mas não adianta, o amor bate forte no coração enrugado pelos tempos passados que judiaram da tez alerta e ligada no dia a dia, nos corres da rua e no carinho da família.

O amor é implacável.

O mais fleugmático não resiste.

Dizem que a morte provoca o amor para ele deixar quem sofre ir embora deste mundo, em fuga lúdica rumo ao infinito. Aí rompe uma luta desigual entre o mal e o bem.

Vence o amor, que e, infelizmente, mais fraco que a morte.

Porém mais puro e mais ligado a Ele.

A lágrima deixou algo incomodando o bater exato do coração que ama..

Ele deixou, como um fio de navalha, mostrando o perigo da relação com a amada e sua vida ainda não vivida.

O tempo de "juntos, porem distantes, eles ainda não tinham nenhum tempo juntos para viver intensamente como se fossem um só e se querem muito.

A lágrima ultrapassou os obstáculos e estalou no chão, silenciosa.

Ficou pequena marca dágua, insigificante.

Um pedaço da história deles molhou a terra.

Os dois sempre sera amor e esperanca.

lordthom
Enviado por lordthom em 20/12/2017
Código do texto: T6203731
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