MINHA LAGRIMA
Uma gota de lágrima escorre do olho esquerdo.
Molha o cílio inferior, meu rosto sofre ao sentir o roçar líquido.
Mais abaixo, umedece a barba, num jorro sagrado, próximo da religiosidade.
Séria e brilhante, ela desce contínua e os fios médios não resistem: deixam chegar a sua extremidade.
Grisalho. Você está velho para entristecer a esse ponto.
Eu não devo chorar, sou homem.
Mas não adianta, o amor bate forte no coração enrugado pelos tempos passados que judiaram da tez alerta e ligada no dia a dia, nos corres da rua e no carinho da família.
O amor é implacável.
O mais fleugmático não resiste.
Dizem que a morte provoca o amor para ele deixar quem sofre ir embora deste mundo, em fuga lúdica rumo ao infinito. Aí rompe uma luta desigual entre o mal e o bem.
Vence o amor, que e, infelizmente, mais fraco que a morte.
Porém mais puro e mais ligado a Ele.
A lágrima deixou algo incomodando o bater exato do coração que ama..
Ele deixou, como um fio de navalha, mostrando o perigo da relação com a amada e sua vida ainda não vivida.
O tempo de "juntos, porem distantes, eles ainda não tinham nenhum tempo juntos para viver intensamente como se fossem um só e se querem muito.
A lágrima ultrapassou os obstáculos e estalou no chão, silenciosa.
Ficou pequena marca dágua, insigificante.
Um pedaço da história deles molhou a terra.
Os dois sempre sera amor e esperanca.