NO AINDA...
Só falo a língua dos sonhos, e às vezes, ao conversar sobre realidades, olho a boca que me fala e tento crer que, também há sonho em cada cambalear de voz... Em cada sorriso... Em cada...
Não conheço sobre tudo que sinto, nem de suspiros, nem de vozes, nem dos sonhos, nem das línguas...
Ontem descansei a voz sobre um instantâneo maior do que poesia... Deitei o olhar entre o silêncio e a razão, e senti o hálito do ar no ainda...
Foi como se uma boca quisesse falar, enquanto a língua só desejava sonhar pela primeira vez na vida...