O bêbado na sarjeta e o sorriso dos transeuntes
FATOS REAIS
Os olhares condenam
O prostrado ao chão
como um cão machucado e vadio
Abandonado até pela solidão
Todos os olhares sentem pena mas,
Ninguém estende as mãos
Ao passar julgam
É só mais um subproduto da civilização
Que pela televisão vendem felicidade
nas cervejas e cartazes
álcool espalhado pelas vidas
consumindo inconscientemente a sociedade
Happy hour, válvula de escape
Alívio imediato temporário
destruindo Famílias, operários
Feliz sem válvula não há limite, vá ultrapasse
Deitado na lama em suas próprias fezes
Em casa a família talvez espere
As lamentações e reprovações alheias seguem
Tamanha e intensa Reprovação
Este?! Não é mais cidadão
Apenas mais um fracassado
Derrotado lambendo o chão
Ironicamente na porta da Igreja
Os transeuntes passam, passam...
Ele não.
Mergulhado e lambuzado nas fezes
imundo impregnado dos falsos valores promessas da civilização
Vítima, adoecido, consumido
Enquanto as calçadas estão cheias
De consumidores
É natal
Ninguém lhe presta favores
misericórdia ou caridade
Quando muito, seus olhares
Todos comprando suas felicidades nas dores
Porém não a dos que o julgam
Esses são inconscientemente seus próprios julgadores
Eis o Progresso a Ordem em nossa nação
Todos em cada um por si, não se amam
Não podem parar para o próximo,
Talvez na próxima vez.
Olharão para ele novamente afogado
Jogado, cagado e fedido e dirão:
Não é possível, ele, outra vez?!
Feliz NadaTal a todos!!!