Por amor ao Sorvete
Amor ao sorvete...
Quanto de amor é depositado
na esperança
que fugiu para o passado
Onde todas as tentativas deram errado
e Derreto mais uma vez em suas mãos
Baunilha, morango, chocolate
Todos derretem
nada fica,
Nunca provei
O tempo assim não o quis
Eu, que tudo fiz!?
não entendo
guardando em meu gerúndio coração
Ele derretendo
Eu morrendo
de tédio e desilusão
Mas renasço
Desilusão é boa
Acho graça na minha dor
que por instantes foi amor
que pelo sorvete derramou
veio dilacerou e passou
Agora tenho uma madrugada como
companheira
solitários somos um
Ela vai embora
O sorvete já derreteu
Antes que fosse meu
Meu coração é recipiente
Mas é quente
Não cabe amor sorvete
Precisa ser quentura com quentura
não Frieza de coração como o tic tac
Do relógio da vida
contando irônico minha desgraça
sim amor ao sorvete
ao Chocolate, morango, Baunilha
enfim vão parar todos na mesma vasilha
O cesto de lixo da minha sorveteria
sem Sabor ou alegria escrevo
Com uma espessa cobertura de tristeza e beleza
não consigo deixar de amar
os Sabores!?
A vida põe-me a provar...
Teimo sempre e queimo
com o fogo do meu próprio coração
no final?
O sorvete não é meu
o coração aventurou e sofreu
e as casquinhas vão cobrindo as feridas
Cicatrizes matrizes
Que fazem-me acreditar certamente
Que em nenhuma sorveteria, jamais tornarei a pisar...
E francamente:
"Amanhã estarei lá"!!!