FILOSOFANDO 8.

No oitavo capítulo do Gênesis, Noé e a sua família, bem como os inúmeros animais, estavam na arca flutuando à deriva.

O mundo antigo, as civilizações, as cidades, os animais, os povos, tudo quanto existia da primeira era Adâmica, estava submersa. Deus fez como prometeu, findando com quase toda a vida existente na terra.

Houve portanto, o momento depois de muitos dias, em que as águas do dilúvio diminuiram. A arca atracou-se em um monte, mas ainda não era seguro sair. Noé lançou primeiramente um corvo, na intenção de que o mesmo encontraria lugar para pousar, mas a ave retornou em breve, o mundo ainda estava submerso. Dias depois, usando agora uma pomba, ele a solta, a ave retornou rapidamente, o mundo ainda estava submerso. Veio a segunda tentativa, dessa vez a ave retorna com o galho da Oliveira, o mundo não estava tão submerso. Na terceira vez, a ave não voltou, o mundo estava seco novamente. Noé conheceu que era o momento de sair da arca e recomeçar.

Deus deu ordens para Noé bem como os animais para crescerem e se multiplicarem.

A segunda linhagem humana partiria daqueles personagens; os três filhos de Noé e suas esposas seriam os responsáveis por iniciar uma nova linhagem. Aquelas pessoas eram o pedaço que havia sobrado de um mundo antigo, era uma parte do velho inserida em um novo mundo. De certa forma, o mundo antigo agora morto, permanecia vivo no coração desses jovens.

Analisando o mundo atual, com toda sua decadência, vemos que toda a problemática existente é oriunda do coração do homem. O mundo em si, não influenciou o homem a ser ruim, perverso, mas, o homem trazia no coração perverso mundo antigo, a velha natureza da era Adâmica ainda existe em cada um.

Vemos também, na figura da pomba que Noé lançou, um paralelo com a atuação do Espírito Santo de Deus, que na primeira viagem veio ao mundo na época anterior a Cristo, as dos profetas, a sua vinda era rápida, com propósitos específicos. A segunda vinda do Espírito Santo acontece nos dias de Cristo, retornando para o céu com o sinal do sacrifício no madeiro do calvário, o galho de oliveira. A terceira viagem veio no pentecostes, e permanece até aos dias de hoje, aguardando o momento de retornar, mas dessa vez, a pomba não estará sozinha. Levará consigo a linhagem do novo Adão, que é o próprio Cristo.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 06/12/2017
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