Afinal, tu soltou minha mão!

Perdoa, mas não posso te perdoar!

Mas saiba, dói muito mais em mim ter essa mágoa corroendo tudo aqui por dentro.

Mas não é nada comparado ao caos que tu deixou no meu peito.

Você me mostrou o teu jeito rude, frio.

E na tua frieza me congelei.

Um ano, alguns meses...

Destruídos.

Erros que nunca pude imaginar, não vindos de você.

Eu sempre me achei vulnerável a errar contigo, mas sei que não fui essa pessoa.

Estou ciente, isso basta.

Não vou me culpar, não dessa vez...

Não vou chorar, não dessa vez...

Suas consequências me levaram até o chão, me arrastei atrás das tuas migalhas.

Contudo, pude perceber o meu erro.

Eu não devia ter ido atrás, você é quem deveria saber o caminho.

Afinal, tu soltou minha mão!

E eu... Eu tive que voltar aprender a andar, pois você era o meu caminho.

Eu tive que voltar aprender a sorrir, pois eu achava que tu era toda minha felicidade.

E basicamente era.

Eu era dependente de ti.

E confesso que ainda sou!

Eu errei nas minhas palavras em momentos de explosão.

Mas um dia sabíamos que iria acontecer.

Você era minha calmaria e se transformou na minha pior tempestade.

Afinal, tu soltou minha mão!