Passageiros
Quando criança criava desenhos em nuvem. Hoje, vejo histórias em cada rosto que passa por mim. Estou no aeroporto. Pessoas transitando. Algumas apressadas, outras, não. Há uma marcha, um ritual, um agir quase que mecânico em que todos querem partir. Observo, é tudo que posso fazer, pois sou apenas mais uma seguindo a marcha. Cada rosto esconde uma escolha, uma angústia, uma busca. Pensar em suas vidas, nas tristezas e alegrias que trazem dentro de si, ajuda a passar o tempo; mas me atormenta porque me vejo em cada rosto perdido na multidão.
Penso então, que somos viajantes do tempo, presos nessa dança maravilhosa do universo. Não as conheço, nenhuma me é familiar. Observo seus rostos e escrutino suas almas. Elas não me vêm porque meus pensamentos é o que sou. Uma garota briga com a mãe ao celular, um homem toma cerveja; outro, avisa a esposa que vai chegar mais tarde, depois liga para outra mulher ir buscá-lo mais cedo; uma criança põe o dedo no nariz, enquanto a mãe, dorme com a boca aberta. E eu ali, apenas observando e seguindo a marcha...
Penso então, que somos viajantes do tempo, presos nessa dança maravilhosa do universo. Não as conheço, nenhuma me é familiar. Observo seus rostos e escrutino suas almas. Elas não me vêm porque meus pensamentos é o que sou. Uma garota briga com a mãe ao celular, um homem toma cerveja; outro, avisa a esposa que vai chegar mais tarde, depois liga para outra mulher ir buscá-lo mais cedo; uma criança põe o dedo no nariz, enquanto a mãe, dorme com a boca aberta. E eu ali, apenas observando e seguindo a marcha...