ESPERA
Espera, só um minutinho...
Nalguns povos mais, noutros menos;
Contudo, por quase todos os lados, e de a muito
Tem sido assim, não – Só um minutinho...
Na real esperaram-nos durante nove mês.
Mas, irrefutavelmente, é também verdade que alguns
Aventuram-se precocemente, marcando lugar no mundo primeiro;
Contudo, a posteriori, igual submeteram-se, e esperam...
Assim é que se modela e modula-se a espera.
Neste então, se contextualiza o desenvolvimento ou progresso
Envolvendo de um tudo a todos, ínterim de semeaduras e colheitas
No qual todos são semelhantemente cativos dos ditames da espera.
Em suas tramas de uma maneira ou de outra uns quantos
Se esquecem que também estão igualmente como os demais...
Indiferença que vai de encontro, tornando a espera em sentença,
Entretanto, a benevolência indo ao encontro balsamifica o apenado.
– Acalma-te,
Mantém a tranquilidade, paciência,
E se me permites, eis-me, aqui, aguardo contigo.
Definitivamente, o que é a espera?
Não sei se pode, mas, apenso que,
Seja ao mesmo tempo premissa e dilema - se assim não for,
Talvez possa ser apenas um momento singular ou
Uma pausa Criativa, por assim dizer, com fim quem sabe, de oxigenar à fadiga ou
Preliminar de exercícios mais finos, com a oferta de se perceber a si mesmo ou
Um viés necessário e didático, que possibilita a compreensão do há ao derredor.
Para além - Quem pode assumir,
Que não seja, único e exclusivo medicamento de efetiva – Eficácia.
Para quem, e, se nada disso lhes cabe. Por suposto, todo o exposto, claro...
Não passa senão, entre tantas, da mais simples – Perspectiva.