O LIMIAR
No limiar daquilo que sou
Requentado em brasas pálidas
Sirvo o ultimo resto de comida
Que não cobre o prato velho
Trincado e surrado pelo tempo
Deixo espalhado poucas coisa
Entre espaços vazios que restaram
As mãos tremem
O corpo encurva
A cabeça pende
Tudo se foi e nada restou
Não sou mais nada
Apenas amor e saudade
Só cair ao lado
Só fechar os olhos
Só e assim findar
E só estar apagando
No fim daquilo que restou
O que não poderia mudar
Onde o fim sempre chega
Não mudando aquilo que fui