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A tristeza, feita a donzela mais arredia, que demonstra maturidade diante da ilusão é abstrato sentir de perdidos. Por ser a tristeza ardência de um conceito medíocre e pesar emotivo do amor em nós, sempre morre. Tristeza de um alguém impossível, em lágrimas de mau quereres e desacordos, porquanto, tristeza que mata é loucura da alma imersa num vazio imensurável. Eu que tanto amava me perdi, por não provar esse amor, você desejo violento dos dissabores da falta, eu em tristeza tão consumido no pesadelo poético invoco ao meu coração apenas as vicissitudes que me faz calar. Meu amor é tristeza, e mesmo perdido na fantasia da magia que me dói o orgulho sofredor do tempo, me faço, e me refaço, e nada que queira os imaginares meus, no oceano de sangue eu sou a mesma vermelhidão da vida, sem flor imortal que purifica um espírito filosófico. Esse é o destino dos vampiros, trair, e se findar no vinho maldito, traídos foram todos os sonhos. Quando vai haver paz na alma de quem espera encontrar consolo nas pedras?