Nada é como será
Vejo almas que vagam
Vadias em direção ao nada
Sangue frio correndo nas veias.
Bocas que mastigam a desgraça e engolem o vazio
Discursos que trituram a magia
Corações que não bombeiam alegrias.
Almas que sem alma não amam
Mas que percorrem seu destino.
Almas talvez perdidas
Vagamente fictícias
Que mentem para si.
Não hei de julgar as águas escuras
Pois não sou águas da razão
Mas há a loucura, que esconde tantos mistérios
Que cabe a mim explodir
E desafiar a invasão ao bem.
Ninguém mais olha para a natureza
Ninguém mais olha para as pessoas
Todos se julgam completos no universo
Mas a lua está mudando
As águas estão fluindo
E ninguém é completo ao ponto de chegar ao paraíso.