É A VERDADE UM MODELO?
Buscando maneiras como lidamos com a ideia da certeza, percorremos o caminho alternativo convergindo na consciência, no conhecimento e nas ideias sobre a verdade no encalço da confirmação da hipótese correta junto com um sentido de veracidade ingênuo, pois, às vezes, parece que podemos supor a verdade sobre o saber, não somente como uma questão de compreender e dominar as coisas, mas como uma maneira de conformação ao mistério mais profundo sobre quem somos e como sabemos, mesmo sem evidências nem argumentos para prová-lo.
A vida é um emaranhado de questões sem respostas, com um vasto campo para o pensamento formular perguntas, onde o aprendizado não deve ser dificultado e medido por dogma e credos.
É natural querer saber a resposta a uma pergunta e preencher as lacunas em nosso conhecimento, alcance e razão pela extensão de nossa ignorância, pois, diante de nosso diálogo frequente, as admissões de ignorância representam um progresso em direção ao objetivo de uma maior racionalidade na vida cotidiana.
Usamos nossa linguagem polarizada diária, para sugerir uma separação exata, e abranger o significado da diferença material e contextual.
Contudo, duas ideias radicalmente diferentes podem ser duais entre si, duas manifestações muito diferentes da mesma realidade subjacente, onde hipóteses mutuamente exclusivas, podem ser igualmente verdadeiras, que nos muniria com uma nova metáfora abreviando uma pausa unidirecional incorporando o conceito de que duas coisas díspares podem ser igualmente verdadeiras, com implicações em nossa concepção tradicional de dois valores de sim e não, uma terceira opção onde os argumentos opostos sejam duais entre si?
Isso não quer dizer que devemos nos render a algum tipo de relativismo, ou que não há verdades singulares. Contudo, representa que a verdade é muito mais sutil do que acreditamos, e se manifesta de muitas formas, que devemos buscar reconhecer em suas variáveis.
Seria possível a ciência nos motivar a abandonar a distinção entre a informação e a realidade, se não temos o saber viável operante de criar uma distinção entre a realidade e a informação, nos provocando a concluir que ambas têm a mesma propriedade, o que tornaria necessário pensar num novo conceito abrangente considerando-as como um argumento regido por antônimos?
Poderia o homem criar uma teoria unificada de conhecimento de todos os fenômenos mais diversos das forças da natureza do universo, da terra e da humanidade, suas origens e evolução com os conceitos adicionais necessários e a compreensão de sistemas adaptativos, que, em princípio, poderia explicar e prever tudo, onde a dualidade fosse o componente chave?
Obviamente, é uma pergunta perene sem resposta. Contudo, nos leva a pensar em uma grande síntese com ideias extraordinárias, conceitos e tecnologia revolucionária.
Na verdade, o que devemos e precisamos fazer é dialogar mais amplamente sobre a natureza da crença de todos os tipos, pois, comparativamente muitos aspectos da cultura intelectual e acadêmica são tão intolerantes quanto qualquer movimento religioso fundamentalista.
Demais, enquanto as grandes questões não são satisfeitas, temos o direito de crer livremente no que bem-quisermos, inclusive e especialmente, de acreditar que o Causador das causas criou todas as questões e os mistérios para provocar nossa curiosidade a fim de demonstrarmos a nossa fé cega, ou a descrença ilustrada.