E, SE NOTA DE QUE...

Nas andanças de ida e vinda

Feitas pelas ruas e avenidas

Se apoiando em corrimãos

E em guardrails pois que tais,

E se chegando em estacionamentos,

E comprando-se o que se quer

Em lojas de conveniências,

E se conversando com as pessoas...

Isto pois se fazia até ontem,

Hoje se nota de que se anda só

Pelas ruas e avenidas, se apoiando

Nos corrimãos e nos guardrails...

Os estacionamentos estão vazios,

As lojas de conveniências fechadas,

Já não se conversa com as pessoas,

Elas se foram sem deixar rastros...

E, se está sabendo de que

Se perdeu membros da família

E amigos mais chegados para

Uma dita cuja chamada de morte...

Bem, se sabe de que se deve

Enterrar os mortos, necessariamente,

Mas, e quanto ao último morto?

Quem vai enterrá-lo? Se pergunta...

Este que vos escreve não espera

Ser o último à morrer, porque,

Não se quer ser devorado pelos

Urubus e pelas águias famintas...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 21/11/2017
Código do texto: T6178243
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