E, SE NOTA DE QUE...
Nas andanças de ida e vinda
Feitas pelas ruas e avenidas
Se apoiando em corrimãos
E em guardrails pois que tais,
E se chegando em estacionamentos,
E comprando-se o que se quer
Em lojas de conveniências,
E se conversando com as pessoas...
Isto pois se fazia até ontem,
Hoje se nota de que se anda só
Pelas ruas e avenidas, se apoiando
Nos corrimãos e nos guardrails...
Os estacionamentos estão vazios,
As lojas de conveniências fechadas,
Já não se conversa com as pessoas,
Elas se foram sem deixar rastros...
E, se está sabendo de que
Se perdeu membros da família
E amigos mais chegados para
Uma dita cuja chamada de morte...
Bem, se sabe de que se deve
Enterrar os mortos, necessariamente,
Mas, e quanto ao último morto?
Quem vai enterrá-lo? Se pergunta...
Este que vos escreve não espera
Ser o último à morrer, porque,
Não se quer ser devorado pelos
Urubus e pelas águias famintas...